Se você se pergunta se quem gera energia solar zera a conta de luz, a resposta é não.
Aderir ao sistema fotovoltaico pode zerar o seu consumo de energia da distribuidora, porém não irá zerar a sua conta de luz. Existe uma coisa chamada custo de disponibilidade, que é a taxa mínima de luz que o consumidor terá que pagar.
Essa taxa mínima refere-se ao valor que o consumidor residencial vai pagar para ter acesso a rede elétrica da sua distribuidora, trata-se de uma mensalidade que só é paga caso o consumo mensal não atinja esse valor mínimo.
Nesse caso, se o seu consumo ultrapassar esse valor, só há necessidade de pagar o que consumiu, por isso, o conceito de “custo de disponibilidade”.
- Energia Solar
- Taxa de disponibilidade
- Conta de Luz
O custo de disponibilidade é o que a distribuidora cobra para manter a estrutura funcionando e disponibilizando energia aos consumidores sempre que eles precisarem.
Assim sendo, dentro desse sistema, ainda que você deixe todos os seus equipamentos elétricos desligados e fora de sua residência durante o mês inteiro, quem gera energia solar paga esse valor mínimo na conta de luz.
Neste artigo vamos mostrar como fica a conta de luz depois que o consumidor passa a gerar sua própria energia. Se você pretende adquirir o sistema fotovoltaico é interessante acompanhar esse conteúdo.
Como funciona o sistema de energia solar
No funcionamento da energia solar, os módulos fotovoltaicos captam a luz do sol e produzem a energia.
A partir desse processo, a energia está sendo transportada até o inversor solar que converte a energia gerada pelo sistema para as características da rede elétrica. Assim, nesse sistema, a energia está, então, sendo gerada graças ao efeito fotovoltaico.
Depois da conversão, a energia vai para o quadro de luz e é distribuída para o imóvel, feito isso, o consumidor poderá utilizar a energia solar para ligar qualquer aparelho que usa energia elétrica e está conectado à tomada.
Os elementos utilizados no sistema de energia solar destinada ao consumo local são três: as placas fotovoltaicas, os cabos de transmissão de energia e o inversor solar.
Como fica a conta de luz de quem gera energia solar
A conta de luz para quem gera energia solar é um pouco diferente da conta de quem usa a rede elétrica. A seguir, conheça mais sobre o que muda quando você adquire o fotovoltaico.
Subclasse de consumo
As tarifas de energia são distribuídas de acordo com as classes de consumo, regras que já vêm definidas na Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 2010. Dessa forma, subclasses correspondem às divisões das classes de consumo relativas a cada tipo de consumidor.
Você é, então, descrito na conta como “Residencial Geração Distribuída”. Nome atribuído a energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a ele.
A subclasse indica que uma determinada casa gera energia com os painéis solares e injeta a produção na rede elétrica.
Taxa mínima
Taxa mínima refere-se ao custo de disponibilidade. Trata-se do valor que o usuário paga por estar conectado à rede elétrica e ter energia sempre que for necessário.
Essa taxa mínima mantém a infraestrutura da residência funcionando, mesmo que esteja ou não usufruindo dessa estrutura. Nessa lógica, não há como fugir desse pagamento mínimo, já que o consumidor vai estar garantido quando precisar do abastecimento de outro tipo de energia.
Dados de produção de energia
Através do sistema solar é possível mensurar os dados de produção de energia elétrica. Esses dados dizem respeito a discriminação total de kWh que a unidade injetou na rede elétrica, bem como a quantidade que consumiu.
Assim, você pode calcular quantos kW uma placa solar produz por meio do volume de consumo mensal (kWh) dividido pelo número de horas utilizadas. Que geralmente contam como 6 ou 8 horas diárias, sete dias na semana e quatro semanas ao mês.
Dessa forma, se o saldo for positivo, o usuário não terá de pagar pelos kW e a diferença vai para um saldo acumulado.
Dados de consumo
A informação sobre a energia injetada na rede elétrica virá discriminada no campo de dados de consumo da conta. Então, esse dado se refere à quantidade de kWh gerados que foram descontados do consumo mensal.
Exemplo, supondo que o sistema de energia solar da sua residência produziu 600 kWh no mês, mas a unidade só consumiu 250 kWh, logo, no campo de produção de energia, estarão os 600 kWh.
Dessa forma, apenas os 250 kWh dos seus dados de consumo vêm como energia injetada, descontada do que foi consumido. O restante irá para o saldo acumulado.
Saldo acumulado
Os créditos de energia solar são produzidos a partir da sobra da energia gerada em uma unidade produtora. Portanto, a energia originada com as placas solares adquiridas pela sua própria geração que não for usada no seu imóvel, retorna para a rede da sua região, que a transforma nos créditos de energia solar.
A conta de luz apresenta o total de kWh não-descontados que o consumidor tem à disposição. Desse modo, imagine que sua geração de energia é maior que a quantia consumida. Então, esse crédito acumulado é, então, abatido dos dados.
Se no mês seguinte a geração for menor do que a quantia consumida, é possível compensar com créditos de meses anteriores.
Quem gera energia solar paga conta de luz
Ainda que a energia gerada pelo sistema passe da quantia consumida no mês, é preciso, sim, pagar a taxa mínima. Porém, é um valor muito menor do que o que seria pago no sistema de geração comum.
Esse valor se refere ao custo da energia somado à taxa de iluminação pública local. Assim, o tipo de alimentação adquirida pelo consumidor é o que vai definir os valores desses custos.
Os modelos disponíveis são: monofásico ou bifásico a dois condutores, modelo bifásico a três condutores e o modelo trifásico.
Uma forma de calcular a taxa mínima a ser paga é multiplicando o valor do kWh pela cota indicada de acordo com o modelo de alimentação e somar à taxa de luz da cidade.
O que é taxa mínima de luz
A taxa mínima se refere a um valor que as redes de energia cobram dos clientes residenciais para suprir os custos de sua infraestrutura e manter a energia sempre. Para isso, o valor é definido de acordo com o perfil de cada unidade.
Para saber qual é o padrão de entrada da sua casa é verifique a sua conta de luz. Desse modo, o padrão de entrada de cada casa é definido pela rede de acordo com o consumo elétrico estimado feito quando se solicita a ligação de luz.
Como já foi dito, a taxa mínima para quem gera energia solar é uma realidade. E isso ocorre pelo simples fato de você seguir usando a energia da rede.
Por exemplo, os sistemas só geram energia durante o dia, quando há luz do sol. Assim, durante à noite, ou mesmo quando há pouca luz, a produção cai. Então, a energia da rede é usada para suprir o consumo, total ou em partes.
Taxa mínima para quem gera energia solar
Já falamos que a taxa mínima deve ser paga mesmo por quem gera a energia solar. Isso porque o consumidor continua utilizando a energia da distribuidora, apesar de aderir ao sistema fotovoltaico.
Alguns horários que utilizam o sistema fotovoltaico precisam de energia elétrica. Exemplo, a noite ou em dias de pouca luminosidade, é preciso usar a energia da rede. Logo, a justificativa para a cobrança dessa taxa é de que, o fato de você gerar sua própria energia não isenta do consumo da energia elétrica.
Sistemas fotovoltaicos conectados à rede
Explicando de forma simples, o sistema on grid é um conjunto de equipamentos responsáveis por transformar a energia do sol em energia elétrica. Dessa forma, gera eletricidade em corrente contínua, que passa pelo inversor solar e é convertida em corrente alternada que é distribuída para o imóvel.
Veja abaixo como funciona:
O inversor solar é instalado entre o sistema gerador fotovoltaico. Enquanto o ponto de fornecimento se conecta com a rede que recebe a energia gerada pelos módulos em corrente contínua. Este converte em energia alternada, sincronizando e injetando na rede elétrica.
O sistema é formado por equipamentos com a função de converter a energia solar em eletricidade e, ligados à rede, eles conseguem transferir o excesso de energia gerada para a distribuidora.
Veja, entender como funciona a energia solar é importante para a aquisição ou montagem de um sistema de geração de energia solar. Por isso, antes de aderir a produção de sua própria energia certifique-se de como acontece o processo.
Vantagens da energia solar
A energia solar carrega uma série de benefícios para o consumidor. Vida útil longa, maior economia na conta de luz, exige o mínimo de manutenção, valoriza o imóvel, instalação simples, entre outros.
Além dos benefícios diretos para quem faz a adesão, tem a questão das vantagens para o meio ambiente, tendo em vista que a geração de energia solar contribui para a diminuição dos impactos ambientais.
O sistema não emite gases poluentes como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2). Esses fatores colaboraram, principalmente, para a qualidade de vida da população e minimização do aquecimento global.
Logo, investir em energia solar é mais que investir na redução da conta de luz, é também contribuir com o meio ambiente.
Com a adesão, você passa a ter uma redução no valor da conta de luz em até 95% e ainda utiliza um recurso renovável, inesgotável e que não polui o meio ambiente.
Vale a pena investir no sistema de energia fotovoltaico?
Quando o assunto é se vale ou não a pena investir no sistema fotovoltaico, a primeira vantagem que vem à cabeça é a economia de até 95% no valor da conta de luz. Em alguns casos a taxa é quase zero, ou seja, um retorno garantido.
O retorno financeiro é o benefício mais atrativo e o que mais tem motivado a demanda pela energia solar. Por isso, é viável não só para residências, mas também para empresas, indústrias, comércio.
Além de todos os benefícios já mencionados, a energia solar é uma das mais sustentáveis do mundo, sendo renovável e limpa, pois não emite poluentes nem utiliza matérias-primas escassas na natureza.
Com o funcionamento silencioso e discreto, ainda existe a vantagem de evitar a produção de ruídos desagradáveis.
Uma outra vantagem que tem beneficiado o segmento é que esse tipo de sistema de geração de energia não requer um cuidado de manutenção constante, apenas uma limpeza de forma eventual.
Portanto, investir vale a pena, sim, e a prova disso é o crescimento acelerado pelo recurso que tem se tornado um dos segmentos mais promissores no Brasil.
Conclusão
Quem gera sua própria energia solar adquire economia no orçamento e contribui com o meio ambiente. Acima, mostramos como funciona a conta de luz depois que o consumidor faz a adesão ao sistema fotovoltaico.
Ainda neste artigo, você encontrou informações sobre o pagamento da taxa mínima e a razão pela qual ela deve ser paga. Além disso, explicamos porque vale a pena investir, apesar dessa obrigação da taxa mínima.
Se você ainda tem alguma dúvida quanto a optar pela geração de sua própria energia, acesse nosso blog e veja mais informações sobre o sistema fotovoltaico. Conheça todos os benefícios, custos e outros tipos de informações que vão ajudar na sua escolha.
E se preferir, clique aqui e fale com um de nossos representantes.